MURUKUTU é um coletivo formado pelos artistas cearenses: Briar, Kaye Djamiliá, Susannah Quetzal e Vitor C. É também uma espécie de coruja nativa, de hábitos carnívoros, que caça e se alimenta à noite. Evocamos essa visceralidade para criar um ambiente de fricção entre o corpo e o som. A apresentação é um ritual, um show-invocação de música eletrônica experimental, investigando as possibilidades de jogo com o texto e a voz, entre camadas de sons e ruídos orgânicos e eletrônicos. Escritos fluidos, encantamentos, e ficções sonoras.
A sonoridade passeia entre a música ambiente, ASMR, spoken-word, música eletrônica, e o noise digital, em ritmos que desenham uma coreografia catártica e constroem um universo imersivo de sinestesia. A voz é explorada em sua qualidade vibratória, encontrando sons, ruídos, e distorções, que produzem o deslocamento da palavra do seu sentido comum. Acumulando experiências em diversas áreas de atuação, os artistas elaboram a apresentação de uma performance sonora, criando em cena um ritual imersivo, que convida o público a adentrar uma paisagem visual e sonora ficcional. Sons, gestos e palavras, abrem portais nesse show-invocação, manifestando o que está à espreita, o que habita nossos sonhos e imaginários sobre magia, sobrenatural e morte.