Coletivo

QUADRILHA FULÔ DO CAMPO, SOBRAL-CE

Descrição curta

Em junho de 2015, durante uma reunião entre amigos, alguns componentes da extinta Quadrilha Botando Quente decidiram retomar as atividades artísticas com um objetivo claro: resgatar e perpetuar a tradição de “brincar o São João”. Assim, nasceu a Quadrilha Fulô do Campo, um grupo junino que, desde sua fundação, tem sido um símbolo de cultura, união e alegria.

E-mail: fulodocamposobral@gmail.com

Telefone Público: (88) 99411-5619

Endereço: SUMARÉ, PRÓXIMO A MERCEARIA A ESTAÇÃO DO METRÔ, Sumaré, Sobral, undefined, CE, 62014-400

Estado: CE

Município:

CEP: 62014-400

Logradouro: SUMARÉ

Número: 176

Complemento: PRÓXIMO A MERCEARIA A ESTAÇÃO DO METRÔ

Bairro: Sumaré

Descrição

História da Quadrilha Fulo do Campo

Em junho de 2015, durante uma reunião entre amigos, alguns membros da extinta Quadrilha Botando Quente decidiram retomar as atividades artísticas, com foco na tradição de "brincar o São João". Assim, nasceu o grupo junino Quadrilha Fulo do Campo. O grupo tem como objetivo social contribuir para a educação e formação de jovens e adolescentes em situação de vulnerabilidade, proporcionando, por meio de suas ações, a inclusão desses indivíduos em espaços que promovam seu crescimento pessoal e profissional. Entre as ações previstas, destacam-se a promoção de cursos profissionalizantes, realizados em parceria com instituições que atendam às necessidades de formação do público-alvo. Além disso, há a intenção de inserir talentos locais (dançarinos, coreógrafos, aderecistas, músicos, estilistas, costureiras etc.) em eventos que possibilitem sua ascensão e atuação profissional na área.

1º Ano da Fulo do Campo (2016) - "Águas que Lavam a Alma"

No ano de 2016, o Grupo Junino Quadrilha Fulo do Campo apresentou o espetáculo "Águas que Lavam a Alma". O espetáculo contou com a participação de 24 casais titulares e 6 casais reservas, que, por meio de coreografias e encenações teatrais, abordaram temáticas relacionadas à água e seu uso consciente. O projeto teve como objetivo central promover campanhas e ações de conscientização sobre o consumo da água, um tema cada vez mais relevante. O protagonismo juvenil foi uma meta permanente das ações desenvolvidas. A composição do espetáculo ocorreu paralelamente a ações voltadas para a educação ambiental e intervenções nos costumes da população, como palestras em escolas, minicursos, rodas de conversa, seminários, mutirões de limpeza de rios e canais, e visitas domiciliares. Para isso, contamos com a colaboração de técnicos de entidades parceiras, estudantes, professores universitários e líderes comunitários. Utilizamos metodologias educacionais que promovem a inclusão da juventude em espaços de diálogo, convivência e formação cultural, melhorando assim a realidade local e desenvolvendo mecanismos de articulação social que efetivem a participação da população jovem. Acreditamos que a cultura é um instrumento fundamental para a transformação social dos jovens, e que, através da arte e do desenvolvimento profissional no campo cultural, é possível não apenas reduzir a violência em áreas vulneráveis, mas também suprir carências relacionadas aos direitos de todos os cidadãos.

Festivais Competitivos da Quadrilha Junina Fulo do Campo

Em nosso primeiro ano, estreando na Serra do Jordão, distrito de Sobral, realizamos uma belíssima apresentação que nos rendeu o 3º lugar no Festival Botando Quente de Quadrilhas Juninas. Seguimos apresentando nosso espetáculo em diversas cidades do Ceará, como Groaíras, Jaibaras, Santana do Acaraú (3º lugar e Melhor Repertório Junino), Itapajé, Itatira, Martinópolis, Acaraú e Sobral (Festival da Juventude e Festival Municipal). Também participamos de várias apresentações na cidade e em distritos, como a Noite Cultural da Coordenadoria da Juventude no Jaibaras, a Noite Cultural da Estação Juventude do Bairro Tamarindo em Sobral, e a Noite Cultural no Bairro Novo Recanto em Sobral. Participamos ainda do Arraiá da Melhor Idade, promovido pelo CRAS em parceria com o SESC.

2º ANO DA FULÔ DO CAMPO: CIGANOS - MEMÓRIAS, CULTURA E TRADIÇÃO: O MEU POVO SÓ QUER PASSAR

Em 2017, celebramos nosso segundo ano de existência, trazendo à tona a história de um povo invisível aos olhares da sociedade. A temática escolhida foi: "Ciganos - História, Cultura e Tradição: O Meu Povo Só Quer Passar".

Nosso objetivo foi visualizar como os ciganos do bairro Sumaré, em Sobral-CE, dão sentido à sua existência e constroem sua identidade enquanto grupo sociocultural. Durante essa pesquisa, buscamos trazer para o cerne dos debates sociais as vozes silenciadas daqueles que, ao longo de suas vidas, permanecem omissos e impossibilitados de difundir sua cultura, ao mesmo tempo em que são excluídos da sociedade.

Dessa forma, tratamos os ciganos como sujeitos protagonistas em uma cultura ampla, dinâmica e plural. Eles são detentores de saberes e experiências únicas. Cada história que nos foi contada trouxe um sentido social que não se restringiu a um olhar individual ou neutro de quem narra. Cada ação e cada palavra carregam a marca de uma visão de mundo própria, construída e contextualizada culturalmente.

3º ANO DA FULÔ DO CAMPO - MULHER: HOJE É DIA DE LUTO, HOJE É DIA DE LUTA, HOJE É O DIA...

Em 2018, abordamos uma temática voltada à valorização feminina com o título: "HOJE É DIA DE LUTO, HOJE É DIA DE LUTA, HOJE É O DIA". Nossa análise buscou apresentar a atual perspectiva do movimento feminista, sem deixar de esclarecer sua evolução histórica e os direitos conquistados pelas mulheres a partir da luta social, abrangendo desde o âmbito familiar até o reconhecimento no mercado de trabalho e na sociedade machista e patriarcal.

A principal proposta foi fazer com que as pessoas e os movimentos refletissem sobre como contribuir para a construção de um mundo mais harmonioso e igualitário. Por meio de um espetáculo junino, mostramos e combatemos a visão preconceituosa que a classe feminina tem enfrentado e ainda enfrenta para conquistar seu espaço na sociedade.

Algumas referências e fontes de pesquisa utilizadas na elaboração e criação da temática junina da Quadrilha Fulô do Campo foram:

- BAGGINI, Julian. Para que serve tudo isso?: a filosofia e o sentido da vida, de Platão a Monty Python. Tradução: Cristiano Botafogo. Rio de Janeiro: Jorge Zahar, 2008.
- BUARQUE, Cristovam. Reaja. Rio de Janeiro: Editora Garamond Ltda, 2012.
- HOBSBAWN, Eric J. A era das revoluções: 1789-1848. 25. ed. São Paulo: Paz e Terra, 2010.
- LASSALLE, Ferdinand. A essência da Constituição. 5ª edição. Rio de Janeiro: Editora Lúmen Juris, 2000.

Em 2018, conquistamos os seguintes títulos:

- Campeão do Festival Municipal de Quadrilhas de Sobral (Melhor rainha, melhor noivo, melhor noiva)
- Campeão do Festival Regional de Quadrilhas de Sobral (Melhor rainha, melhor noivo, melhor noiva)
- Campeão do Festival Xique-Xique da Cidade de Hidrolândia (Melhor rainha, melhor noivo, melhor noiva, melhor casamento, melhor marcador)
- Campeão do Festival de Quadrilhas de Santa Quitéria (Melhor rainha, melhor noiva, melhor noivo)
- 3º lugar na Etapa SESC Ativo Região Sertão Sobral (Melhor noiva)

Tema: Sertão: O Caminho dos Espinhos Te Conduzirá às Flores

Em 2019, apresentamos ao São João do Ceará a história do nordestino/sertanejo, utilizando a Flor do Mandacaru como símbolo da resistência desse povo. Essa flor, que cresce em meio à seca e ao chão rachado, representa a beleza e a força do sertão.

Os símbolos que caracterizam o Nordeste, como a seca, estão presentes no espetáculo junino, refletindo uma estrutura social marcada pela exploração e miséria. A identificação entre a seca e o Nordeste é natural, pois a estiagem moldou a identidade da região desde o final do século passado. Esse fenômeno climático gerou uma “significação imaginária” que se aprofundou ao longo do tempo.

Além da estiagem, a dimensão natural-religiosa é fundamental na representação nordestina. Os nordestinos frequentemente atribuem a responsabilidade pelos problemas da região à Natureza ou a Deus, criando uma realidade que parece imutável. Nesse contexto, disputas por terra, dinheiro e poder também permeiam a vida social.

As construções simbólicas que emergem desse cenário dão visibilidade às diversas “caras” do sertão, um espaço geográfico repleto de disputas, problemas sociais, costumes e tradições. A figura do nordestino é estereotipada, mas também individualizada, refletindo uma luta que se alinha a princípios religiosos e tradicionais. Apesar de compartilharem experiências semelhantes, homens e mulheres têm suas representações distintas.

As narrativas juninas moldam territórios e personagens, criando figuras que representam a vida do homem sertanejo. O sertão, muitas vezes visto como um lugar ermo e esquecido, é também um espaço de sonhos e desafios. A dor da perda, a injustiça, a opressão e a miséria são temas que permeiam a vida do sertanejo, um povo forte e resiliente que busca entender e mudar seu destino.

Escolhemos a Flor do Mandacaru como símbolo por sua rica simbologia. A crença popular diz que, quando essa flor desabrocha, as chuvas virão, trazendo vida ao solo árido. O mandacaru representa o sofrimento e a resistência de um povo que persiste em viver, mesmo em condições adversas. Essa planta, que floresce onde a vida parece impossível, simboliza a teimosia e a esperança de que é possível prosperar em meio à desesperança.

O mandacaru cresce forte, protegendo-se com espinhos finos e afiados, e surpreende ao produzir uma flor de rara beleza, mostrando que a vida pode florescer mesmo nas circunstâncias mais desafiadoras.

Justificativa para a Pausa das Atividades da Quadrilha Junina Fulô do Campo (2020-2022)

A Quadrilha Junina Fulô do Campo sempre se destacou por sua alegria, tradição e pela promoção da cultura nordestina em nossa comunidade. No entanto, a partir de 2020, enfrentamos um desafio sem precedentes: a pandemia da COVID-19.

A saúde e a segurança de nossos integrantes, familiares e do público em geral sempre foram nossas prioridades. Com as diretrizes de distanciamento social e as restrições impostas para conter a propagação do vírus, foi necessário tomar a difícil decisão de pausar nossas atividades. Essa decisão, embora dolorosa, foi essencial para proteger todos os envolvidos e respeitar as orientações das autoridades de saúde.

Durante esses anos, nos dedicamos a manter o espírito da quadrilha vivo, mesmo à distância. Realizamos encontros virtuais, promovemos ações de solidariedade e buscamos maneiras de nos conectar com nossos membros e a comunidade, sempre com o objetivo de preservar a cultura junina e a união que nos caracteriza.

Com a melhora da situação e a vacinação em massa, podemos retomar nossas atividades e celebrar a cultura junina com a mesma paixão de sempre. Então em 2023 com o apoio da comunidade podemos retornar as nossas atividades e fazer de nossa volta um momento inesquecível.

Em 2023 abordamos a tematica: TU VENS EU JÁ ESCULTO OS TEUS SINAIS.

No sertão, onde o sol se despede em tons de laranja e o cheiro de terra molhada se mistura ao aroma das flores, um caixeiro viajante, com o coração pulsando forte, seguia seu caminho de volta para casa. Ele havia percorrido longas distâncias, enfrentado tempestades e sorrisos, mas agora, a única coisa que importava era o amor que o aguardava.

"Tu vens, eu já escuto os teus sinais", pensava ele, enquanto a melodia de uma canção de Zé Ramalho ecoava em sua mente. Cada passo que dava era como uma batida do seu coração, que pulsava em sintonia com a esperança de reencontrar sua amada. Ele se lembrava dos momentos que passaram juntos, das promessas sussurradas sob a luz da lua e dos sonhos que construíram lado a lado.

A cada curva da estrada, ele sentia a presença dela, como se o vento trouxesse seu perfume e as estrelas iluminassem seu caminho. O caixeiro sabia que o amor verdadeiro é como uma quadrilha: cheio de passos, giros e reencontros. E assim, ele dançava em sua mente, imaginando o grande dia em que finalmente se uniriam em matrimônio.

Ao chegar à sua cidade, o coração batia acelerado. Ele avistou a fogueira acesa, as bandeirinhas coloridas balançando ao vento e a alegria contagiante da festa junina. A quadrilha estava prestes a começar, e ele sabia que ali, entre risos e danças, estava o seu destino.

Com um sorriso no rosto, ele se juntou à roda, dançando e celebrando o amor que o trouxe de volta. "Tu vens, eu já escuto os teus sinais", repetia em seu coração, enquanto os olhares se cruzavam e as mãos se entrelaçavam. O caixeiro viajante havia encontrado seu lar, e a festa junina se tornava o cenário perfeito para a realização de um sonho: o amor que sempre esteve presente, como os sinais que o guiavam de volta para ela.

E assim, sob a luz das estrelas e o calor da fogueira, a história do caixeiro viajante se entrelaçou com a magia da quadrilha, celebrando o amor que nunca se apaga e os sinais que sempre nos levam de volta para onde pertencemos.

Em 2024 com a tematica "Primeiro Maria, Depois Bonito", que aborda a história de vida de Maria Bonita, conforme a quadrilha junina Fulô do Campo 2024:

Primeiro Maria, Depois Bonito: A História de Maria Bonita

Maria Bonita, um ícone da cultura nordestina, é mais do que uma figura histórica; ela representa a força e a resistência das mulheres em tempos difíceis. Nascida em 1911, na cidade de Paulo Afonso, na Bahia, Maria Bonita se destacou não apenas por sua beleza, mas também por sua coragem e determinação. Ela se tornou a companheira de Lampião, o famoso cangaceiro, e juntos formaram um dos casais mais emblemáticos do cangaço.

A quadrilha junina Fulô do Campo 2024 traz à tona a história de Maria Bonita, ressaltando sua importância na luta pela liberdade e na busca por um lugar em um mundo dominado por homens. O tema "Primeiro Maria, Depois Bonito" simboliza a ideia de que, antes de ser lembrada por sua beleza, Maria foi uma mulher que desafiou as normas sociais da época, lutando ao lado de seu amor e enfrentando as adversidades do sertão.

A apresentação da quadrilha não apenas celebra a vida de Maria Bonita, mas também destaca o papel das mulheres na história do Brasil. Através de danças, músicas e encenações, o grupo Fulô do Campo busca resgatar a memória de Maria, mostrando que sua história é um exemplo de bravura e empoderamento.

Assim, ao dançar e contar a história de Maria Bonita, a quadrilha junina Fulô do Campo 2024 nos convida a refletir sobre a importância de reconhecer e valorizar as mulheres que, como Maria, deixaram sua marca na história, mostrando que a verdadeira beleza está na força e na coragem de lutar por seus ideais.

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