Descrição curta

O grupo Teatro na Porta de Casa, surgido em 2019, é um grupo de artistas negros atuante na cena da cidade de Fortaleza, com foco de atuação nas questões do ser negro, principalmente no contexto cearense, e na autonomia do trabalho artístico feito por corpos pretos. Com pesquisa e produções em teatro, audiovisual, artes visuais, contação de histórias e cultura negra.

E-mail: teatronaportadecasa@gmail.com

Telefone Público: (85) 99807-5408

Descrição

São com as leituras de Abdias do Nascimento e seu Teatro Experimental do Negro - TEN que, em 2017, planta-se a semente do grupo Teatro na Porta de Casa através do grupo de estudos NEGUS, dentro da Universidade Federal do Ceará. Firmando-se como grupo em 2019, é composto somente por artístas negros de diversas linguagens, com uma pesquisa e prática que buscam o resgate das referências artísticas negras na história.

Em nosso percurso vamos desenvolvendo trabalhos artísticos que trazem o negro ao centro da cena. Assim, de 2017 a 2020, através dos estudos dos que vieram antes no fazer artístico, a história negra do teatro, começamos a montar e apresentar esquetes que falavam sobre nossas histórias e vivências. Em 2018, montamos “Feijão e Sal” a partir dos textos de Carolina Maria de Jesus, “Esperando Zumbi” e “Bença, vó”, todas esquetes que falam sobre questões do ser negro.

Também em 2018, na Escola de Mamulengos do Grupo Formosura de Teatro, os artistas Lucas Limeira e Ana Karoline de Oliveira montam o espetáculo de bonecos “Ben” que traz à cena a história de Benjamim de Oliveira, primeiro palhaço negro brasileiro. Daí surge o nome “Teatro na Porta de Casa”, a partir de uma das reflexões de Benjamim de Oliveira sobre a democratização do acesso à arte.

A partir de 2019 nos entendemos enquanto grupo e temos um ano intenso de criação que resultou na Mostra Cenas de Teatro Negro, apresentada no Teatro Universitário Paschoal Carlos Magno. Com as cenas “Só Mais um Silva”, “Zuelo”, “Escrevivência”, “Quariterê 3019: guia sônico para a noite em que a lua transbordou” e "Anikulapo" demos um grito de saudação à nossa afro ancestralidade.

Em 2020, iniciamos um processo de profissionalização e difusão do grupo. Começamos a experimentar novas linguagem e a partir disso surge os trabalho “OVNI: Objetos Voadores Negro Ignorados ou Naves para a Elaboração de um Futuro Negro”, contemplado no 71º Salão de Abril e que trabalha elementos de artes visuais, colagem digital e arte urbana, o projeto trabalhou com as comunidades do Pio XII e Paupina. Também montamos a video-performance “Omolu, nos dê licença”, aprovada no Festival Cultura DendiCasa e fizemos a 2ª Edição da Mostra Cenas de Teatro Negro de forma virtual, com os trabalhos “Rua G, 3679” e “O Batizado”, ambos baseados nos textos do escritor, poeta e dramaturgo negro Cuti.

Em 2021, realizamos mais uma Edição do “OVNI”, aprovado pelo Edital Cultura e Cidadania da Lei Aldir Blanc pela Secult/CE, dessa vez contemplando o bairro Planalto Pici. Realizamos o curta- metragem “Bença, Vó”, contemplado no Inciso III da Lei Aldir Blanc pela Secultfor, a partir da dramaturgia de Conceição Soares, contando uma história de força e beleza das mulheres negras de sua família. O curta foi exibido e discutido com alunas das escolas públicas da cidade de Pacoti - CE. Além disso, estreamos o espetáculo “Recortes” a partir de um processo de estudo e desenvolvimento de 3 cenas curtas do acervo do grupo.

Dentre os projetos fixos do grupo, destacamos a Revista Ngunzo, revista virtual na plataforma medium onde compartilhamos textos sobre nossos estudos e nosso fazer artístico e político; e o Projeto Kutanga, contações de histórias em formato audiovisual a partir dos itans dos orixás com o intuito de difundir a história, cultura e espiritualidade africana, grandes contribuintes para a construção da arte e cultura do nosso país.

O grupo Teatro na Porta de Casa busca se firmar cada vez mais no cenário cultural, dialogando com a cena artística negra local e nacional e fazedores e brincantes de culturas negras, como coco de roda, maracatu cearense e capoeira. Além disso tem uma forte relação com a espiritualidade africana, sendo uma das bases do fazer artístico e político do grupo. Atualmente estamos em processo de montagem de dois trabalhos.

ESQUETES / CENAS CURTAS:
- Feijão e Sal (2018)
- Bença, Vó (2018)
- Esperando Zumbi (2018)
- Só Mais um Silva (2019)
- Quariterê 3019: guia sônico para a noite em que a lua transbordou (2019)
- Zwela (2019)
- Escrevivência (2019)

ESPETÁCULOS
- Ben (2018)
- Recortes (2021)

CURTAS / VÍDEO-PERFORMANCES / OUTRAS PLATAFORMAS
- Rua G, 3679 (2020)
- O Batizado (2020)
- Omolu, nos dê licença (2020)
- Bença, Vó (2021)

Vídeos

Galeria

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Publicado por

Ana Karoline de Oliveira

Artista e arte-educadora, Ana Karoline de Oliveira é Licenciada em Teatro na Universidade Federal do Ceará.

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