Descrição curta

Com 43 anos de militância na Capoeira, hoje sou uma das referências mais antigas da Capoeira do Ceará.
Trabalho com a Capoeira dentro e fora do estado, e em outros continentes, sendo o mais desafiador o intercambio com a África, mas específico em Angola, uma experiência que me fez ampliar minha visão sobre as Culturas de Matriz Africana, e idealizar ampliar esse projeto entre o Ceará e Angola.

Dados Pessoais

E-mail Público: mestre.zebrinha.ce@gmail.com

Telefone Público: (85) 8550-6880

Endereço: Rua Francisca Guimarães 150, Lagoa Redonda, Fortaleza, CE, BR

Estado: CE

Município:

CEP: 60831-392

Logradouro: Rua Francisca Guimarães

Número: 150

Complemento:

Bairro: Lagoa Redonda

Descrição

Minha primeira experiência com artes marciais foi com o karatê, onde pratiquei alguns meses, eu tinha dezesseis anos era. Um dia, eu e alguns companheiros meus de escola fomos buscar um colega que tinha bebido muito em um bar, e estava passando mal. Esse bar ficava na Rua Clarindo de Queiroz, em frente ao DCE (Diretório Central Estudantil) da Universidade Federal do Ceará.
Quando eu cheguei ao local ouvi o som do berimbau, fiquei curioso e fui dar uma olhada, era no ano de 1979. Foi ai que eu vi aquelas pessoas treinando capoeira fiquei louco de vontade de começar naquele mesmo momento.
Me dirigi em direção ao um homem alto e que mostrava uma grande sabedoria e perguntei como fazer para treinar, ele me disse tudo que eu tinha que fazer. Depois de dois dias, eu já estava lá no treino com uma camisa do botafogo, time que eu torcia. Logo, aquele homem de estatura muito grande me deu o apelido de Zebrinha, por causa das listas da blusa do botafogo.
Naquela época, não existia abadas de malha e o meu não era diferente, era de pano. Minha primeira aula foi muito difícil porque eu tinha que acompanhar o pessoal antigo, então o professor mandou o Buldog me ensinar a gingar. Eu não desisti, treinava em casa os movimentos que aprendia na aula, sempre com o apoio do meu pai, vim entrar em uma roda e pois de seis meses de treino, foi uma emoção única.
Admirava muito os capoeiristas, Canário, Gurgel, Dingo, Paulão, entre outros que iam para o DCE treinar e participar da roda. Eu fazia o treino junto com esses capoeiristas. Também tinha um pessoal que era o pessoal mais antigo da academia, Buldog com seus golpes perigosos, Moreno com sua técnica, Dourado com sua velocidade, Aladim com sua expressão corporal e Paulo Ciri.
Eu vinha na segunda geração, junto com Dona Flor, o meu amigo de infância Gamela ( Cação ) onde eu que o levei para capoeira. E não me esquecendo do capoeirista Lampião que era de uma geração mais nova que a minha e tinha uma raça muito grande na roda. Tínhamos em nossas rodas a presença de capoeiristas que hoje são grandes nomes da capoeira do Ceará, como por exemplo, Mestres Everaldo Soldado, Geléia, Prainha, Assis, Zé Ivan, Ulisses e outros.
Treinávamos muitos golpes rodados e de linha, entradas e seqüência do mestre. Com certo tempo, eu e o Gamela nos tornamos a dupla mais rápida da academia em executar a seqüência do mestre. A roda era muito dura e só entrava quem realmente era guerreiro. Não esqueço a rasteira e a benção que o meu professor tinha, eu tinha mais tendência para a parte de golpes e entradas.
Fiquei no grupo Terreiro até a corda de professor. O nosso professor foi transferido para Brasília e os treinos ficaram na responsabilidade do professor Buldog. Meu pai veio a falecer quando eu tinha 21 anos e eu também fui embora para Brasília. Lá fiquei treinando com o meu professor e o Mestre Tabosa, também eu ia pegar uns treinos com o professor Popo. Depois de um ano treinando em Brasília eu voltei para Fortaleza e o meu professor me deu a corda de professor.
Chegando aqui o grupo estava desativado, então recebi um convite do contra mestre Paulão para ingressar na Senzala, onde recebi corda verde, em 1989. Acompanhei toda a fundação do Capoeira Brasil e me tornei o primeiro corda preta do grupo, no ano de 1993. Fiquei dez anos na presidência do grupo, e realizei grandes eventos junto com o contra mestre Rato e a Teresa Veras.
Fizemos um grande trabalho. Tive um grande aprendizado com o Mestre Paulão, um capoeirista de muita técnica, criativo e de grande visão empreendedora.
No dia 07 de setembro de 2002 segui o meu próprio caminho, fundando o Legião Brasileira de Capoeira. Vocês sabem quem é esse professor que eu falo tanto. Hoje se chama Mestre Squisito, um dos maiores nomes da capoeira em nosso estado.
Desde então ampliamos nossas ações e trabalho também com a capoeira na África. Tem sido desafiador mas esse intercambio possibilitou mais que ensinar, aprender. A cultura de Angola e expressões das danças, da culinária me mostrou bastante do quanto é importante conhecer nossas raízes africanas e o quanto o povo africano é forte e de um potencial admirável.

Vídeos

Galeria

evento entre e Baixar Planilha

Nome:

E-mail:

Tipo:

Mensagem:

Enviando mensagem

Enviando mensagem

Denunciar