Coletivo

Terça do choro

Área de Atuação

Música

Descrição curta

A cena da música instrumental cearense, como qualquer outra manifestação prevista para espaços físicos, foi prejudicada pela interrupção das rodas de choro que aconteciam em diversos locais da cidade. A iniciativa de Samuel Rocha, em parceria com Felipe Bastos em não interromper a difusão da interação promovida pelas rodas não só fez com que a arte cumprisse o seu papel de melhorar tempos adversos para os que aproveitaram as terças do período de isolamento social, como promoveu a conexão entre músicos do segmento, por diversas partes, sobretudo contribuindo para que artistas locais pudessem mostrar os seus trabalhos. Ao longo dos meses, além de agregar a participação de músicos que já possuem uma trajetória significativa, as lives têm proporcionado a aproximação de pessoas que se interessam pelo gênero musical, estão em processo de aprendizado de algum instrumento, mas se sentiam inibidas em mostrar o que têm conseguido executar nas rodas presenciais. Tem se tornado mais frequente falas de agradecimento pelo espaço e a motivação em ampliar o repertório, para em cada terça-feira se desafiar a trazer algo novo para mostrar. Assim como permitiu com que os músicos fossem convidados para entrevistas realizadas (lives) para o Connect Choro, promovido pelo Sydney Choro Club (Austrália) e Club do choro de Viena (França). Samuel Rocha e Felipe Bastos possuem trajetória significativa na música instrumental do Ceará e, mesmo em um contexto de pandemia, optaram por usar isso em favor do ofício artístico, ampliando o alcance do que se produz de arte na cidade de Fortaleza, mas também em incentivar a renovação da cadeia produtiva da música instrumental no estado. Como fator agregador ao trabalho dos artistas, o contato semanal com as referências sonoras de outras partes do mundo tem possibilitado a diversificação dos processos criativos. Trata-se de uma forma diferente de consumir e fazer música que não anula, mas já está sendo somadas às vivências presenciais.

Publicado por

Samuel Rocha Ferreira

Samuel Rocha é um músico que tem se destacado na cena musical cearense pela sua dedicação ao violão de sete cordas e por suas composições. Sob influência do choro e da música regional, desde os quinze anos de idade, vem consolidando o seu trabalho fortalecendo este segmento.
Idealizador do grupo Murmurando em 2006, no qual ainda permanece e registra em CD do grupo muitas de suas composições, fazendo turnês nacional e internacional, levando a música brasileira para França, Bélgica e Holanda.
Em 2018, deu um importante passo na sua trajetória como artista, quando idealizou e assumiu a direção musical do festival 100 anos de Jacob do Bandolim e em 2019 do festival 100 anos do Jackson do Pandeiro realizado através de incentivo do Centro Cultural Banco do Nordeste, da cidade de Fortaleza-CE.
Estreitando os laços e o distanciamento, Samuel Rocha participou de vários bate-papos on-line, tanto nacionais como internacionais. Destacando o bate-papo com o Clube de Choro de Viena, Clube do Choro de Sidney, assim como, uma maravilhosa conversa com o grande comunicador Ricarte Almeida produtor do Festival de Rico Choro do Maranhão e com o Porto Iracema das Artes, levando as linguagens musical do choro nordestino para o mundo.
Para continuar fortalecendo o gênero do Choro, Samuel Rocha foi um dos idealizadores da terça-feira do Choro on-line, o qual teve início em abril de 2020 com os eventos comemorativos do mês do Choro. Esse evento on-line ocorreu em todas as terças-feiras fazendo uma conexão musical com vários músicos do estado e do País. O qual culminou em dezembro com a participação na Lei Aldir Blanc de fomento de grupos e coletivos culturais.
Em 2022 fez a coordenação do VI Seminário Euro brasileiro de Choro juntamente com o Clube de Choro de Paris e Casa do Choro de Toulouse. No mesmo ano, começou o projeto Choro na Praça realizado aos primeiros domingos de cada mês no Café Passeio Restaurante.
Em 2023 fez o lançamento do Álbum Samuel Rocha Bordando o Sete no 19 Festival Internacional de Choro de Paris, apresentando ao público suas composições. Em julho deste ano, foi professor de Música do Festival de Música da Ibiapaba com as oficinas de violão e prática em conjunto de Choro

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