Bens culturais de natureza material

Santa Casa de Misericórdia

Área de Atuação

Descrição curta

Endereço: Rua Barão do Rio Branco 20, Centro, CEP: 60025-060

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Descrição

A Santa Casa de Misericórdia de Fortaleza foi idealizada ainda no início do século XIX pelo Bispo de Recife e Olinda, Dom João da Purificação Marques Perdigão. Contudo, a construção do referido Hospital no Largo do Paiol, em terreno doado por Dona Maria Guilhermina Gouveia – espaço denominado, em 1824, de Largo da Misericórdia e Praça dos Mártires, devido a Confederação do Equador, reconhecido atualmente por Passeio Público (1880) - só ocorreu a partir de 1847, com recursos oriundos de doações da corte imperial (Rio de Janeiro) para ajudar a sanar os problemas sociais e políticos causados pela seca de 1845, e por ordem do Presidente da Província, Ignacio Correia de Vasconcellos. As obras foram administradas por Juvêncio Manuel Cabral de Menezes, Antônio Teles de Menezes, João Batista de Castro e Silva, Joaquim Mendes da Cruz Guimarães, comendadores; e Antônio Ferreira (Boticário Ferreira), intendente municipal.
A edificação, a princípio, denominada de Hospital da Caridade, foi concluída em 1857, vislumbrando-se estrutura composta por um andar térreo. Após essa data, passa cerca de quatro anos fechada por motivos financeiros, dispondo-se para o funcionamento do Liceu do Ceará.
Com a instalação da associação religiosa Irmandade da Misericórdia entre 1860 e 1861 na capital da província cearense, o Hospital da Caridade passa a se chamar Santa Casa de Misericórdia e é oficialmente inaugurado em 19 de Setembro de 1861, tendo como provedor o Presidente da Província, no caso, Antonio Marcelino Nunes Gonçalves, o Pe. Luiz Vieira Delgado, na capelania e, no final da década de 1860, as Irmãs de Caridade, que atuaram na promoção dos serviços de cozinha, enfermagem, limpeza e de orientação religiosa para população mais desvalida e marginalizada.
A Santa Casa de Fortaleza, ainda nos primeiros anos de existência, ofereceu amparo religioso aos doentes; administrou o Cemitério São Casemiro, em 1860; o Cemitério São João Batista, a partir de 1866; proporcionou serviço funerário a partir de 1875, aplicando os rendimentos na construção do Asilo de Alienados; e, em 1872, instalou uma farmácia, por recomendação da Assembleia Legislativa local.
Ao longo do século XX essa casa de saúde tornou-se cada vez mais presente na cidade de Fortaleza, pois, implementou e abrigou uma maternidade (1928), um serviço de pronto-socorro (1932-1936), o hospital escola da Faculdade de Medicina/UFC (1957), e um ambulatório de prevenção do câncer ginecológico (1992), dentre outros serviços sociais associados aos processos de cura de caráter missionário, religioso e medicinal, intercedidos pelas pequenas verbas dos órgãos públicos estaduais, municipais e por arrecadações e patrocínios de entidades particulares, como o Rotary Clube de Fortaleza.
Desse modo, a Santa Casa de Misericórdia de Fortaleza, mesmo em constante crise financeira, continua cumprindo o papel de zelar pela saúde do corpo e da alma da população pobre, apelando para o bem-estar divino e solidário de categorias sociais mais afortunadas, reforçando a tradição das associações religiosas, como foi o caso da Irmandade da Misericórdia, na conquista e ocupação do território católico desde a colonização do Brasil. Assim, fez-se pertinente o tombamento municipal da Santa Casa de Misericórdia de Fortaleza, por ser considerada lugar ímpar da sociabilidade histórico arquitetônica fortalezense e cearense.

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