Endereço: Entre as ruas Gonçalves Ledo e Nogueira Acioli, Praia de Iracema

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Descrição

O Mercado dos Pinhões, localizado na Praça Visconde de Pelotas (Pinhões), entre as Ruas Gonçalves Ledo e Nogueira Acioli, bairro da Aldeota, funciona atualmente como ponto comercial de artesanato, de alimentos e promoção de cursos, oficinas e apresentações culturais. Foi implantado no local no dia 12 de julho de 1938. Sua estrutura é em ferro fundido, remanescente de uma das partes do Mercado de Ferro construído em fevereiro de 1896 e inaugurado a 18 de abril de 1897, na área central de Fortaleza, melhor dizendo, na antiga Praça Carolina, que depois passou a se chamar Praça José de Alencar, Praça Capistrano de Abreu e, posteriormente, Praça Waldemar Falcão, a qual abriga ainda alguns edifícios de interesse cultural, tais como o Palácio do Comércio, a agência do Banco do Brasil e a sede dos Correios e Telégrafos.
O Mercado de Ferro foi desmembrado em 1938 devido ao destaque que tivera o Mercado Central, a partir de 1932, e ao decreto nº 52 de 19 de dezembro de 1937 da Câmara Municipal, na gestão do Dr. Raimundo de Alencar Araripe, que autorizou o desmonte. A outra parte do Mercado de Ferro foi implantada em 20 de março de 1968 no bairro da Aerolândia, localizada na BR-116, nº 5431.
Desse modo, o Mercado de Ferro, obra erguida na administração do intendente (prefeito) Guilherme César da Rocha e do presidente (governador) comendador Antônio Pinto Nogueira Accioly, entre 1896-1897, realizada com dinheiro conseguido através de bilhetes de crédito conhecidos como “borós”, utilizou o ferro pela primeira vez, não só como instrumento de suporte, mas, como bela ornamentação fabricada na França, nas oficinas de Guillot Pelletier, em Orleans, planejada pelo engenheiro arquiteto Lefévre, seguindo uma prática em voga na Europa. O Mercado servia como local da venda carne verde (fresca) e de verdura. Simbolizou a tentativa de consolidar os preceitos da modernidade, salubridade e progresso em Fortaleza, no final do século XIX e no início do século XX, junto a outras normas impostas às demais edificações, logradouros e praças existentes, como por exemplo, ao Passeio Público e à Santa Casa de Misericórdia
O uso do ferro, o enquadramento do espaço comercial e, ainda, as calçadas em granito cearense, além de encher a comunidade local de orgulho e deslumbramento, fomentaram um processo de aceitação desse tipo de empreendimento por parte da população que comercializava e/ou consumia vários gêneros alimentícios e especiarias vendidas nas ruas ou em locais não autorizados, sem o aval da fiscalização pública, escapando das leis provinciais.
Assim, o Mercado de Ferro representa o resultado de um conjunto de ações civilizatórias ligadas ao controle social, a reformas urbanas, a “espetacularização das mercadorias” e, consequentemente, a criação do desejo de consumo. Essas marcas, a princípio, foram repassadas, literal e concretamente, para as bases do Mercado dos Pinhões, que hoje se encontra em bom estado de conservação, sendo propriedade da Prefeitura de Fortaleza.

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