Espetáculo “Histórias Compartilhadas – Ou dos corpos que não se bastam”

Outro Grupo de Teatro


Linguagens

Teatro

Descrição curta

Corpos que, na tentativa de coexistir, rompem os limites da resistência e fazem da presença um símbolo de luta. Para não se afogar em silêncio todos os dias e cada dia mais um pouco, a gente tem que gritar: Todos os corpos são certos.

Classificação Etária: 18 anos

Teatro Dragão do Mar

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Dia 19 de agosto de 2016 às 19:00

Preço: Gratuito

Endereço: Rua Dragão do Mar , 81 , Praia de Iracema, 60060-390, FORTALEZA, CE

Descrição

Histórias Compartilhadas fala de corpos que não se bastam e que se sentem um peso amarrado ao próprio tornozelo no meio de um oceano infinito e furioso, sempre se afogando em silêncio, todos os dias, cada dia mais um pouco. Em silêncio. Dando continuidade à pesquisa quem vem desenvolvendo em torno da sexualidade humana, neste trabalho, o grupo aprofunda discussões sobre identidades de gênero discordantes e a lida de homens transexuais por adequação aos conceitos de masculinidade.

Para se estabelecer de forma mais objetiva nesse sentido, evitando cair numa apropriação indevida do discurso desses sujeitos, o caminho trilhado pelo trabalho foi o da performatividade. “A ideia não era mimetizar a ‘realidade’ deles em cena”, explica o ator Ari Areia, “esse foi o grande desafio da montagem”. Para o encenador Eduardo Bruno, “o espetáculo quer provocar e até constranger a plateia através do deslocamento de papéis historicamente definidos no que diz respeito a sexo e gênero”.

O processo de pesquisa e montagem do espetáculo durou cerca de um ano, onde foi feito levantamento bibliográfico sobre o assunto e entrevistas. Alguns desses relatos estão na encenação, como é o caso de João W Nery (RJ), o primeiro homem transexual a fazer adequação corporal no Brasil, e Otávio Queiroz garoto residente em Caucaia (CE). Também são compartilhadas histórias de Tiago Uchoa (BA) e dos americanos Riley Moscatel e Buck Angel.

Sendo assim, a peça constrói sua dramaturgia fragmentada a partir de fatos e documentos, a encenação utiliza signos inesperados para lidar com o material reportado, e o conjunto da obra não se propõe a representar um drama a partir disso. Histórias Compartilhadas é fruto da ação performativa apresentada por Ari Areia como Trabalho de Conclusão de Curso, na graduação em Jornalismo pela Universidade Federal do Ceará, no começo deste ano, com orientação do Prof Dr. Daniel Dantas Lemos.

Histórias Compartilhadas é o terceiro espetáculo do Outro Grupo de Teatro, que, em agosto, completa quatro anos de atividade. O repertório do grupo é composto pela comédia “Comer Querer Ver” (2012) e o drama “Caio e Léo” (2014), ambos usam como pano de fundo a desconstrução da heteronormatividade. Neste novo momento, a força motriz do processo criativo leva o grupo a discutir identidade de gênero e, como reflexo da pesquisa aprofundada, os artistas têm proposto contribuições dentro do legislativo municipal a partir do pensamento de políticas públicas de cidadania para pessoas trans.

Sinopse
Corpo, Mídia, Gênero, Pênis, Mulher, Vagina, Homem, "Disforia". Fragmentos do Cotidiano e vozes misturadas. O eu como uma construção. O Gênero não como meritocracia das genitálias. Corpos que, na tentativa de coexistir, rompem os limites da resistência e fazem da presença um símbolo de luta. Para não se afogar em silêncio todos os dias e cada dia mais um pouco, a gente tem que gritar: Todos os corpos são certos.

Publicado por

Instituto Dragão do Mar

O Instituto Dragão do Mar é a primeira Organização Social (OS) criada no Brasil na área da Cultura. Atualmente é o responsável por gerenciar 12 instituições entre elas o Centro Dragão do Mar de Arte e Cultura (CDMAC), Cineteatro São Luiz, Theatro José de Alencar, Escola, Escola de Gastronomia Social Ivens Dias Branco, Biblioteca Pública Estadual do Ceará e Centro de Formação Olímpica.

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