O presente como história: estéticas da elaboração do passado no cinema contemporâneo com Cláudia Mesquita
Escola Pública de Audiovisual da Vila das Artes
Classificação Etária: Livre
Mais Informações: (85) 3105-1404
Descrição
Na trilha proposta por Andreas Huyssen (2014), que identifica uma preocupação central com a memória na cultura contemporânea (espécie de resposta à confiança decrescente no futuro das sociedades ocidentais), buscaremos examinar como algumas obras e filmografias contemporâneas têm elaborado a experiência histórica. Daremos especial atenção à rememoração crítica das vivências e violências sofridas por aqueles que mal "deixaram rastros" (para lembrar Walter Benjamin): os vencidos, esquecidos, perseguidos, pobres, refugiados, desterrados. Interessa-nos a emergência de produções críticas que oponham ao discurso do progresso as memórias da barbárie: filmes nos quais diferentes aspectos de histórias coletivas de sofrimentos, esbulhos e violências sejam, apesar das dificuldades, narrados. Embora não exclusivamente, estaremos atentas à filmografia brasileira contemporânea, destacando táticas de que se valem alguns trabalhos para confrontar as amarras de "políticas do esquecimento" (SELIGMANN-SILVA, 2010) que têm impedido a memória pública no país (sejam as memórias do passado escravocrata, dos genocídios negro e indígena, ou do terrorismo de Estado durante a mais recente ditadura). Partiremos de alguns exemplos para indicar e caracterizar “figuras de elaboração histórica” recorrentes na filmografia contemporânea. De nosso pequeno inventário, sobressai a aposta no “presente como história”: sob a sombra de um “passado que não passa” ou desenhado como “avesso do futuro” (tal como prometido pelos discursos do progresso e da modernização), o presente ganha centralidade em filmes que assumem, sob diferentes formas e abordagens, a tarefa da rememoração crítica.Onde: Vila das Artes
Período de inscrição: 30 de outubro a 08 de novembro
Resultado: 9 de novembro
Período das aulas: 12 a 16 de novembro