Sâmia Bittencourt, é artista circense e palhaça. Inicia sua trajetória com as artes do circo em 1994 ao integrar a Flic-flac Cia. Acrobática, dirigida por Acleilton Vicente. Em seguida em 1995, participa da fundação da Companhia de Brincantes Boca Rica com direção de Oswald Barroso, e a partir da imersão pelo reisado cearense inicia sua pesquisa com a comicidade popular. Já no universo da palhaçaria, em 1997 estreia junto a Cia. Mais Caras o Espetáculo “Nada, Nenhum e Ninguém”, trabalho diversas vezes premiado e com o qual cativa o público cearense e circula pelo Brasil, tendo estado entre os (as) circenses brasileiros (as) selecionados (as) como artistas potenciais para compor o elenco do Cirque du Soleil (Montreal) em 2002. Como formadora, após retornar da Escola Nacional de Circo (RJ), no início dos anos dois mil, junto a Fernando Cattony, dá início a Escola de Circo do Espaço Cultural Vila (2004), uma iniciativa pioneira, quando em Fortaleza haviam alguns poucos espaços de ensino restritos ao campo do circo social. É neste contexto que funda em 2007 a Cia. Circo Lúdico Experimental com alunos (as) advindos de outras experiências artísticas, da qual é diretora e que este ano completa treze anos de atividades ininterruptas, tendo em seu repertório, espetáculos circenses que reúnem acrobacia, comicidade, teatralidade e música. Em 2013, integra o elenco principal do filme, “Os pobres diabos”, de Rosemberg Cariry e com a personagem “meio quilo”, apresenta as histórias de uma trupe circense que percorre o sertão nordestino. Tem se destacado na última década com a formação em palhaçaria, sendo a responsável pela iniciação de inúmeros (as) artistas cearenses ao universo da comicidade, focando mais recentemente sua abordagem na palhaçaria feminina, fortalecendo um espaço de atuação artística e política no qual foi e é protagonista e precursora, sendo também integrante da Rede de Comicidade Feminina e curadora da Mostra de Palhaçaria Feminina, que se encaminha este ano para sua quarta edição. No decorrer destes 26 anos de trajetória artística com a linguagem circense, Sâmia Bittencourt vem colaborando de forma intensa com a difusão e a formação com as artes do circo fora do espaço da lona no Ceará.