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BOI PAI DO CAMPO DA FACEIRA

O Boi Pai Campo da Comunidade da Faceira de Limoeiro do Norte-CE, fundado Por Mestre João Caboclo e Mestre Chico no ano de 1980, descendentes do Boi Laranjeira de Zé de Terto do Distrito de Flores, que também descendia do boi brincado pelos trabalhadores da construção do Açude Barracão no município de Russas na década de 20. Estes oriundos do estado da Bahia, que para quebrar a monotonia das noites no meio do sertão celebravam juntamente com outros trabalhadores o alto da brincadeira de Bumba Meu Boi, após a construção do açude os trabalhadores retornaram as suas comunidades de origem e alguns fundaram suas próprias companhias. Bem acolhido pelo povo, o Boi virou patrimônio de Faceira e tornou-se motivo de celebração e encontro da comunidade e motivo de alegria entre os habitantes desta localidade. Em 2002, com o falecimento de Mestre João caboclo, Chico assumiu a responsabilidade de dar continuidade à brincadeira, sempre com a consciência de ser ele “apenas” o mestre, pois é a comunidade a verdadeira “dona” da brincadeira. Mestre Chico rege esse espetáculo popular como pode, contando principalmente com a ajuda da comunidade, junto a quem busca materiais alternativos, nunca perdendo a alegria e o prazer de fazer tudo isso. Com aproximadamente dez brincantes, o folguedo é composto pelo boi, a burrinha, o bode, a ema e o jaguá, além de outros personagens. Acompanhado pelo som da gaita pífano, na condição de líder, o mestre vai tocando o tambor para marcar o ritmo da animação, o boi personagem principal do folguedo tem balançado cada vez mais Ceará fora, participando de diversos eventos culturais.

Endereço: MUSEU, 08 , ZONA RURAL, 62930-000, LIMOEIRO DO NORTE, CE

CEP: 62930-000

Logradouro: SITIO ANINGAS

Número: S/N

Complemento:

Bairro: ZONA RURAL

Município: Limoeiro do Norte

Estado: CE

Descrição

O Boi Pai do Campo com sua simplicidade e magia encanta a todos com a lenda do Boi mimoso, estimado e querido boi da fazenda rica as margens do ribeira do Jaguaribe. Cuidando de todo gado estava o Doutor, capataz de confiança, que por sua vez era casado com Catirina, mulher tinhosa e sapeca. Catirina gravida teve um desejo mirabolante, desejou comer a língua do boi mimoso, logo o boi de estimação do fazendeiro. Doutor sem ter o que fazer com receio de Catirina perder seu filho querido, resolveu satisfazer o desejo de sua mulher, fez toda trama e consumou o ato da matança. O Fazendeiro deu por falta de seu estimado boi e convocou dois grupos de caboclos para procura-lo, sendo estes o cordão vermelho e o cordão azul, durante a procura assombrações apareceram, a Caipora, o Jaguar e o Urubu bancavam o terror, além da ema e do bode encantado, sem falar da burra coiceira que pra se vingar do mau feito do Doutor e da Catirina açoitava os dois à custa de muito coice. Os cordões encontraram o boi porem ele estava morto, avisaram ao fazendeiro que veio ao encontro de seu mimoso, se lastimou e aos pranto pediu seu boi de volta. Mandou chamar o Pajé que acompanhado de seu índios vei até o boi, o pajé rogou a seus Deuses o retorno do boi querido, o pedido foi atendido, o boi ressuscitou, o fazendeiro ficou feliz e convocou toda redondeza para celebrar o retorno de seu boi.

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