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Coletivo FLUIR

É um projeto coletivo-artístico/investigativo sobre a relação do feminino e seus processos ritualísticos de saberes inventados e/ou resgatados sob uma perspectiva poética das experiências e práticas de quatro corpas diversas do Cariri, que mesmo em diante dos seus cotidianos próprios dentro do contexto urbano, re- existem, compartilham, ressignificam e assumem a si n’um mergulho de sua natureza.

Email: coletivofluir@gmail.com

Descrição

Fluir é como uma oração para o despertar da pluralidade da mulher, que intuitivamente ressignifica as práticas de ritualizar seus ciclos, seus anseios, seus desejos, crenças e renascimentos.


Quando na busca de cura bebe o seu chá de ervas, quando na busca de proteção defuma, quando na busca de força acende uma vela, quando na busca de limpeza se banha na água, quando na busca de refúgio caça a natureza, quando na busca de se expressar pinta, desenha, dança.
A mulher que como a água, abre caminhos, passa por cima, atravessa e envolve tudo, em um infinito ciclo lunar.

Retratar a resistência da mulher no seu fazer cotidiano, o ser mulher e tudo o que a afeta, permeia, toca, cria e compõe, mantendo suas conexões ativas enquanto se permite ao sentir de seus pequenos grandes rituais inventados e se adaptando às diversas situações desafiadoras de sua rotina, trazer a possibilidade de se reinventar, acessar e se alimentar de suas inspirações e raízes da sabedoria.

Disseminar de diferentes práticas artísticas, contribuir para evidenciar multiplicidades, resgatar e ressignificar os saberes e tradições ancestrais, que vem das nossas bisavós, avós, mães, rezadeiras e benzedeiras. Fortalecer assim, o processo de retomada dos saberes intuitivos e as heranças culturais que fluem até hoje na sociedade atual, mesmo diante da redução desses fazeres.

Parir a partir do olhar dos saberes diversos e cotidianos do ser mulher e de sua resistência nas suas vivências particulares, observar e nos conectar através dessas práticas. Considerando as nossas rotinas e ações, nos interligando em pequenos gestos que por mais simples que sejam, carregam uma intenção potente.

Refletir sobre a perspectiva da importância da essencialidade de sentirmos que a nossa natureza se conjura em ciclos, e como influencia o nosso dia a dia.
Buscar promover reflexões acerca das práticas desses saberes e rituais que nos soam tão familiares.

Que através dessas potências e propriedades que nos são transmitidas nos provoquem a criar de diversas maneiras, naturalizando e trazendo essas práticas ao âmbito contemporâneo. Pontuando a pluralidade de corpas, desconstruindo um padrão pré-estabelecido, fortalecendo o empoderamento e aceitação de si, assim como, preservando a natureza fonte de tanto saber e cura.


Sendo assim, resgatar, analisar e discutir sobre essas práticas na sociedade atual, na qual há uma tendência de se desvincular desses costumes e ritos.