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AFOXÉ OMÕRISÁ ODÉ

A Associação Cultural Afoxé Omorisá Odè é uma organização cultural sem fins lucrativos, que tem como premissa promover o reconhecimento, valorização, preservação e difusão da arte, da história e da memória cultural afro-brasileira, indígena e africana.
Fundada em 2016, há 5 (cinco) anos, atua no combate ao racismo estrutural, no empoderamento das pessoas negras, no desenvolvimento cultural e social através de recursos humanos e materiais, por meios próprios ou de parcerias, doações, apoios e convênios, essenciais para a socioeconomia criativa e para a produção cultural local e territorial.
Desenvolve e executa projetos para melhorar a qualidade de vida de pessoas negras e da comunidade na qual está inserida, através da inclusão sociocultural, da arte e da cultura negra
Localizado na Granja Lisboa, bairro com um dos mais baixos IDH (0,17) de Fortaleza-CE, produz arte com montagens de apresentações do Afoxé Omõrixá Odè o ano inteiro, aliado a realização de eventos temáticos e de oficinas de artesanato, corte e costura de turbantes, indumentária e adereços afro brasileiros, construção de tambores e outros instrumentos de percussão, tudo ofertado gratuitamente tanto para seus associados quanto para a comunidade em geral.

Aliado aos povos de terreiro e das manifestações de religiões de matrizes africanas no Grande Bom Jardim, o Afoxé Omõrisá Odé se efetiva o ano todo, agregando as pessoas, principalmente, aquelas radicadas no referido território, e também absorvendo as mais variadas camadas da sociedade cearense, das praticantes as simpatizantes da cultura negra.

"O BATUQUE DE OMÕRISÁ" é o grupo musical afro-brasileiro, com intrínseca ligação com as religiões de matrizes africanas no Estado do Ceará, radicado na periferia da capital, bem no coração do grande Bom Jardim. Seus cantos e batuques, executando músicas ditas de "terreiro" pontos cantados (umbanda/candomblé), autorais e de domínio público ou ainda as que são inspiradas pelas entidades (caboclos), dão o tom da originalidade que resgata a cultura ancestral do Brasil colônia.

" [...] os tambores de África trouxeram também outros cantos e danças. Além do samba, a influência negra na cultura musical brasileira vai do Maracatu à Congada, Cavalhada e Moçambique. Sons e ritmos que percorrem e conquistam o Brasil de ponta a ponta." http://legado.brasil.gov.br/noticias/cultura/2009/10/cultura-afro-brasileira-se-manifesta-na-musica-religiao-e-culinaria O grupo reúne cantores e percussionistas, acostumados e experientes na execução da música negra, principalmente a música de origem africana (afro-brasileira), inclusive acompanhando o Afoxé Omõrisá Odé em suas apresentações desde o pré-carnaval até as agendas do ano todo. Há uma intensa rotina de ensaios para apresentações pagas ou , gratuitas, filantrópicas, institucionais, para eventos culturais, viradas, carnaval, semana da Consciência Negra, Povos do Mar , Noite Negra entre outros. Tanto na capital como no interior do Ceará há sempre momentos e ocasiões onde o Batuque de Omõrisá faz-se representar como expressão artística e cultural, expondo ao público em geral toda a dinâmica que envolve a musicalidade e as raízes do povo negro e com relação histórica com o território e com o povo cearense.

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Email: afoxeomorisaode2016@hotmail.com

Telefone Público: (85) 99634-4094

Endereço: rua Geraldo Barbosa, 2971-fundos , Granja Lisboa, 60540-342, Fortaleza, CE

CEP: 60540-342

Logradouro: rua Geraldo Barbosa

Número: 2971

Complemento: fundos

Bairro: Granja Lisboa

Município: Fortaleza

Estado: CE

Descrição

Afoxé Omõrisá Odé

No dia 12 de Junho de 2016, nasceu no Ilê Axé Abarewá o Orixá Odé na vida de pai Marcos Amorim, que veio da Umbanda da casa de pai Almeida do Caboclo Quebra Barreira, onde recebeu seus cruzus e a autorização de seu pai de santo para abrir o Centro Espírita Reis Tupinambá. Após 26 anos de casa aberta de Umbanda, pai Marcos resolveu fazer sua feitura no Candomblé e foi preparado e catulado pelo babalorixá pai Virgílio de Omolu. Nasceu então Odé (Oxosse) o Rei da Nação do Ketu.
Nesse sentido, este ano, período de intensa movimentação política, social e cultural do movimento negro e de povo de terreiro, o pai Marcos Amorim de Oxóssi funda o Afoxé Omõrisá Odé, que significa, Omõ = Filhos = risá odé = Orixás das matas, que é o patrono do grupo. Com isso o Afoxé torna-se um ritmo afro presente na cultura local.
De origem Yorubá, a palavra afoxé poderia ser traduzida como “a fala que faz”. As melodias entoadas nos cortejos dos afoxés são praticamente as mesmas cantigas ou orôs entoados nos terreiros afro-brasileiros que seguem a linha jexá. O Afoxé, longe de ser, como muita gente imagina, apenas um bloco carnavalesco, tem profunda vinculação com as manifestações religiosas dos terreiros de candomblé. Vem daí o fato de chamar-se o afoxé, muitas vezes, de “Candomblé de rua”.
Inclusive por homenagear um orixá, geralmente, o orixá da casa de candomblé a que pertence.
Em Fortaleza no bairro de Granja Lisboa, o Afoxé Omõrisá Odé, como uma das formas de se
fazer chegar à maioria da população, o debate sobre consciência negra e liberdade, através da música.

Grupos como o Afoxé Omõrisá Odé que se expressaram como blocos-afro com características de movimento social, pois, o grupo investe na transmissão de saberes para as novas gerações através de oficinas de percussão, dança, costura, estamparia que integram
o projeto sócio-cultural da entidade. As cores são azul, verde, branco e dourado e prateado, seu repertório é de autoria própria e fala sobre resistência, religião e beleza da raça negra.

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