Ayla Lemos é uma das novas potências da cena musical cearense. Cantora e multi-instrumentista, a artista toca e estuda, de forma independente, bateria, violão, percussão, sintetizadores e canto, além de compor suas canções e contribuir com as de outros artistas.

Foi como baterista que Ayla iniciou sua carreira, tocando e cantando em bandas covers e acompanhando diversos artistas locais, como Catatau, Clau Aniz, Di Ferreira, Caio Castelo, Linn da Quebrada, Silvero Pereira, Marta Aurélia, Selvabeat, As Travestidas, Máquinas, Miopia Não tem Cura, entre outros.

Todas essas experiências agregaram destreza rítmica, forte sincopado e amplo repertório musical à sua vivência como artista, bem como sua rotineira pesquisa sobre o universo do violão, instrumento chave para a construção de suas canções.

Em 2020 e 2021, durante os períodos de isolamento social, Ayla dedicou-se a compor canções que retratam o confinamento e a ansiedade, uma forma de canalizar as aflições provocadas pela pandemia de Covid-19 em processos sonoros e poéticos: violão, pedais e camadas de loops orquestrados pela artista.

Silêncio fala da escuta através da ausência, de um corpo na companhia de sua própria presença, de preenchimento de espaços na subjetividade de cada indivíduo. Nasce das conexões entre tradicionalidade e contemporaneidade em forma de músicas experimentais e outras canções.