A MarÉHouse começou em meados de 2019 enquanto um lugar de encontro em uma casa que se denominava Maré, no bairro Benfica, em Fortaleza, Ceará. A casa era residida por Maria, Erick Flor e Raffa Tomaz. Normalmente, os encontros se davam simplesmente para dançar, se divertir, respirar um pouco junto ao outro, trocar ideias, comermos juntos. Encontros com presenças de Will, Coreano, Rafael Lima, Mari Guimarães, Joca, Rickson Barros, Diassis, dentre outras pessoas. Tudo isso acontecia com discotecagem e danças instantâneas. Muitos sorrisos e muitas trocas. A atmosfera era em torno das Danças Afrodiaspóricas, visto que a meta era viajar, acima de tudo. Era estarmos livres. Todavia, podemos dizer que quase sempre o que majoritariamente tocava era house music. Então, boa parte da atmosfera transitava pela house music, onde transitávamos bastante pela house dance. Desde aí, a Maré foi se denominando Maré House. Com o tempo, não sendo mais possível estarmos na casa Maré, transitamos para a Casa Solar, em 2020. Logo, fomos pensando que a Maré House era um acontecimento que poderia se dar em qualquer lugar. Com isso, fomos pensando que a Maré House, na verdade, é um mar. Um mar que sempre quer banhar. Logo, passamos a pensar isso como um coletivo pulsante em torno da cultura house, mas não só, visto que reconhecemos que muitas danças pulsam em um corpo-festa, um corpo em atmosfera de festa. Em face disso, passamos a ser Mar.É.House. Hoje, somos um coletivo que visa, antes de tudo, vivenciar, experimentar, explorar, estudar e pesquisar a cultura house, levando-a o mais longe que pudermos, respeitando e honrando suas condições históricas e territoriais para sua emergência e formação. Reconhecendo, dessa maneira, a importância da cultura afrodiaspórica e afroestadunidense no desenvolvimento dessa cultura.