Desde criança que sou atraído pela arte e que gosto de desenhar, mas foi por volta dos 12 anos que as coisas começaram a tomar forma, apesar que nessa época ainda não conseguia resultados satisfatórios, mas o desejo de aprimorar minhas técnicas cada vez mais aumentava. Sou autodidata, o que para muitos se torna um caminho mais longo, mas pra mim, é uma oportunidade de desenvolver técnicas com minhas características e percepções. A minha paixão pela arte me fez experimentar várias formas e expressões artísticas, desde a Serigrafia, pintura em tela, aerografia, pintura digital, trabalhos em madeira e o desenho, que tem sido a técnica onde tenho me dedicado mais ultimamente. Não considero que essas experiencias tenham sido em vão, pois cada uma nos dá a maturidade e conhecimento para desenvolver e experimentar técnicas novas, como é o caso do desenho hoje em dia para mim, mesmo tendo começado a desenvolver a técnica do realismo a grafite, fui sentindo uma limitação em relação ao material, o que me fez migrar para o carvão, apesar de ser uma técnica já antiga, mas pouco usada nesse estilo realista. reconheço ser um pouco mais complicada por não haver muitas referências principalmente sobre os materiais, me forçou a buscar opções, testar vários tipos de materiais que se adequasse a técnica e trouxesse o resultado que eu espero. Sendo autodidata e desenvolvendo uma técnica que não considero minha, mas também não conheço outras pessoas que usem, vejo meu trabalho cada vez mais ficando com minha identidade. Já participei de uma oficina de desenho, onde me voluntariei para repassar algumas técnicas básicas de desenho para alguns jovens que demonstravam interesse pelo assunto. Foram duas edições dessa oficina, em 2016 e 2017 que aconteceram em Feiticeiro. Como resultado,e em parceria com a Professora e Historiadora Aline Teixeira, fizemos uma exposição onde alguns dos alunos retrataram com seus traços momentos e lembranças da história do distrito de Feiticeiro.
