As informações deste registro é histórico gerado em 02/11/2023 ás 16:56:34.
Este agente está como publicado , e pode ser acessado clicando aqui

Ajeum de Oyá

O Ajeum de Oyá promove atividades de cultura gastronômica de terreiro dialogando diversas expressões da cultura negra como o samba, o coco, tambor de crioula e maracatu, por meio de eventos culturais itinerantes, com o objetivo de fortalecer uma agenda negra em Fortaleza. Premiado pelo II Prêmio de Expressões Afro Brasileiras do Ceará. Ponto de Cultura do Ceará, compondo a Rede Cultura Viva.

Endereço: Avenida da Universidade , Benfica, Fortaleza, CE, BR

CEP: 60020-180

Logradouro: Avenida da Universidade

Número: 2327

Complemento:

Bairro: Benfica

Município: Fortaleza

Estado: CE

Descrição

O Ajeum de Oyá, idealizado por Pérola de Oyá, iniciou seus trabalhos em dezembro de 2011, como um restaurante de gastronomia africana e afro-brasileira. Com o passar do tempo o restaurante se tornou um ponto de encontro de artistas e brincantes da cultura negra e popular de Fortaleza, fortalecendo um movimento de produção e articulação cultural. Em 2015, o Ajeum de Oyá iniciou seu caminho de realizador cultural produzindo o show “Noite Clara”, de Auri D’yruá, em homenagem a Clara Nunes. Em 2016, junto com o grupo Na Quebrada do Coco, promoveu fruição da brincadeira do coco de roda através de encontros mensais de brincantes em seu espaço, abrindo as portas para que os brincantes da cultura pudessem participar das rodas. Juntamente a isso, a casa passou a receber ensaios do grupo de Tambor de Crioula Filhos do Sol neste mesmo ano.
Em 2017, o Ajeum de Oyá passa a ser um coletivo composto por Lucas Vidal, Elton Torres e Lucas Limeira, articulando atividades dentro do espaço fixo, montando uma programação cultural semanal em dois encontros: às sextas com forró pé de serra com apresentações de Juruviara e Wesley Matias e aos domingos com samba em parceria com o programa de rádio Clube do Samba, promovendo fruição da cultura popular local. Neste mesmo ano, recebeu o projeto África Brasil do DJ Tomé, discotecagem de vinis de cantores e cantoras afro brasileiros. Apesar de existir uma programação fixa no espaço que era restaurante, o Ajeum de Oyá produziu eventos fora de sua casa, como a Bienal Percussiva de 2017, a Feijoada de São Jorge (2017 - 2020) encontro de sambistas cearenses realizada em espaços como Estoril e Mercado dos Pinhões em parceria com Clube do Samba Fortaleza e Secretaria de Cultura de Fortaleza compondo o calendário cultural da cidade, o Caruru de São Cosme e Damião (2010 - 2020) consistindo na distribuição de brinquedos e alimento para crianças da periferia de Fortaleza e o Caruru de Oyá (2009 - 2020) cerimônia sagrada em homenagem ao Orixá Iansã, congregando artistas e apresentações de grupos da cultura popular tradicional juntamente com a distribuição gratuita do acarajé. Em 2019 o coletivo perde sua sede e passa a atuar de maneira mais descentralizada, com ações no bairro Benfica, Praia de Iracema, Siqueira, Genibaú e Centro.
Para além das eventos em torno da articulação cultural, o Ajeum de Oyá também realizou , em 2014, a oficina "Cuidado e penteados para cabelos crespos e cacheados" através do projeto Cuca na Comunidade da Rede Cuca - Prefeitura Municipal de Fortaleza, tendo como público jovens negras da periferia da Barra do Ceará. Em 2019 o Ajeum de Oyá pôde contribuir também com uma oficina com o mesmo tema para o encontro Sesc Povos do Mar. Tratando-se da gastronomia em si, o Ajeum de Oyá produziu, articulou e mobilizou diversas baianas e baianos de acarajé para participarem do I Festival de Acarajé do Ceará através da Associação das Baianas de Acarajé e Mingaus (ABAM) - CE, evento que aconteceu no Estoril em 2019 em parceria com a Prefeitura Municipal de Fortaleza, além de participações em festivais culinários como o Festival de Bar em Bar (2019) e o Encontro de Gastronomia Vila Galé (2014). É importante salientar as parcerias com terreiros de religião de matriz africana, como a distribuição de acarajés na festa de Iansã do terreiro Jesus Maria José de Mãe Balbina e Mãe Gardênia no Pio XII e o fornecimento de acarajés para a festa de Maria da Lapa de Pai Léo de Oxum, Maraponga.
Em 2020, a pandemia afetou diretamente as atividades do coletivo, inviabilizando os eventos em praças e locais públicos. Nesse contexto, o Ajeum de Oyá produziu um documentário sobre a história de Pérola Sano, idealizadora e parte do coletivo. O filme foi exibido na Plataforma Internacional Latinidades Pretas.
Premiado em primeiro lugar na categoria Coletivos Negros no II Prêmio de Expressões AfroBrasileiras do Ceará (SECULTCE) e eleito Ponto de Cultura do Ceará, compondo a Rede Cultura Viva (SECULTCE).

Vídeos