Grupo de música de câmara cearense que preza por valorizar toda a personalidade e riqueza da cultura nordestina, realizando uma sensível fusão do novo e do antigo, do erudito e do popular. O Syntagma é um dos mais importantes grupos de música de câmara do Brasil. Leva a música antiga e a música brasileira contemporânea, sem elitismos, para o público desde 1986. É o mais antigo grupo instrumental em atividade no Ceará.

O cerne instrumental do grupo é o conjunto de flautas doce. Desde sua fundação, mais de 60 pessoas já passaram por ele, nestes 35 anos. Atuante em um estado com poucas orquestras, o grupo costuma servir como um “laboratório” de prática musical extra-acadêmica para diversos profissionais que dele fizeram parte. Costumam se referir ao grupo como uma “escola” pela riqueza da formação obtida.

O grupo possui dois discos lançados: Syntagma, em 1997 e Miracula, em 2005. Ambos foram gravados em Fortaleza, graças a leis de incentivo à cultura estadual e federal, respectivamente. Com um extenso currículo, o grupo vem desde sua fundação levando ao público um repertório muito rico e variado, que vai da idade média até os baiões nordestinos, passando pela renascença e barroco, incluindo o barroco mineiro.

O Syntagma utiliza uma fusão de instrumentos ditos “históricos” ou “antigos” - como as flautas doces, o cravo e o alaúde – e instrumentos “modernos” como as flautas transversais, o violão e as percussões. Com isto, busca enfatizar o elo simbólico entre a Música Antiga e a Música Nordestina: as flautas remetendo ao pífaros, o cravo e o alaúde lembrando as violas sertanejas e o krumhorn, os aboios.