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Pedra Silva

Pedra Silva (1997, CE/BR) é uma travesti de pele marrom em retomada identitária. Macumbeira, artista, arte-educadora e pesquisadora das encruzilhadas. Trabalha a partir de lugares artísticos expandidos tendo o corpo como arquivo-vivo e como lugar espiralar transmídiatico contra-colonial. Se fundamenta nas estéticas macumbeiras que produzam mitopoéticas de contra-feitiços e no repovoando das tecnologias de cura afropindorâmicas.

Estar como consultora da Difusão Cultural do Núcleo de Ação Comunitária e Afirmativa (NACA) do Instituto Mirante. É coordenadora do Programa de Ancestralidades do Corpo (PAC) em parceria com o Museu de Cultura Cearense (MCC). É Coordenadora da Res. Art. Memórias Negre-Natives (2020 – 2022/3°ed) em parceria com o Ateliê Casa Mata (CE). Esteve como professora das encruzilhadas em cursos da área de música, das audiovisualidades, da dança e do teatro em escolas, ong e instituições de arte de Fortaleza, Brasília, Maranhão e São Paulo.

Graduanda do curso Lic. em Teatro do Instituto Federal do Ceará. É integrante da Orquestra Sagrada, coletiva artístico cultural do Abassá de Omulu Ilê de Iansã e é dramaturgista do projeto de dança “Eaí, população!?”. Nos últimos anos seus trabalhos vêm ganhando espaço no território nacional e internacional, sendo eles: Espanha e Suíça.

Site: https://linktr.ee/pedr4silv4

Email: pedrasilvacontato@gmail.com

Telefone Público: (85) 987533421

Endereço: Rua Parque Umari 221, Planalto Ayrton Senna, Fortaleza, CE, BR

CEP: 60766-095

Logradouro: Rua Parque Umari

Número: 221

Complemento:

Bairro: Planalto Ayrton Senna

Município: Fortaleza

Estado: CE

Descrição

Pedra Silva é uma negre-native que manifesta-se por meio das artes multilingues ancestrais seu fazer poético-artístico. Nascido e residente da periferia de Fortaleza, Planalto Ayrton Senna, possuindo seus ancestrais advindos de Quixadá, Trairi, Pedra Branca e Jaguaribe. Atualmente trabalha como professore / estagiário da Rede Municipal de Educação de Fortaleza no Projeto Integração.

Como artista cênico e artista-educador-pesquisador dedica-se a investigar e realizar projetos voltados ao recorte racial e étnico, ancestralidade, espiritualidade, temporalidades, macumbaria, memória, fragmentação, mitopoética, ritualidade, visualidades negras, performidade negra, corpo negro nas manifestações tradicionais populares, escrevivência, educação afrorreferenciada e decolonial, executando estas pesquisas por meio da dança pessoal, performance, multipluralismo, construção cênica e teatral.

TEATRO
Estar encenadore do espetáculo ALÉM MAR (2020) da Coletiva NEGRADA onde investiga na criação cênica o trauma colonial, fragmentação da memória e narrativas não hegemônicas. Já em 2018 pesquisou e realizou junto à XXVII turma de Lic. em Teatro do IFCE o espetáculo Arragaia que levanta discussão sobre as invasões territoriais, científicas e espirituais da branquitude sobre os povos originários (yanomami) e diaspóricos (iorubano). Em 2015 participando do Coletivo Perâmbulos reconstruiu junto ao Grupo Teruá o espetáculo Seca Flor que buscava narrar por meio dos elementos religiosos populares a condição da população agrária do interior Ceará e o seu processo de resistência.

PERFORMANCE
Em 2020 produziu o obra multilingual “Nutrir a seiva do corpo é rememorar o sangue derramado” em parceria com Ianka Oliveira e Viúva Negra, na qual, coloca em questionamento a arte negra como processo de religação espiritual, focando na criação de uma cena espiralar. Já em 2019 produziu junto a dançarina-performer Gizelle Oliveira a obra CORPO-BOMBA, investigando o funk favelada e o slam como produtores de estética negra. Realiza desde 2017 performances sobre o recorte étnico-racial. Sendo elas: “Qualquer coisa pra não que chamar de negro” que discute o processo de reconhecimento racial a partir do censo de 1976 feito pela PNAD - Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios - IBGE em que o povo brasileiro autodeclara-se por 86 denominações, todas elas depreciativas ao corpo negro. E a performance “ Nas teias de Anansi: repensando o racismo internalizado” (2017) que busca levantar reflexões sobre as expressões, frases e piadas racistas que perpetuam de forma naturalizada em nosso discurso. Friccionando a performance, intervenção urbana, cinema e teatro investiga desde de 2017 o Projeto intitulado Raiz Forte. Iniciando a pesquisa como Manifesto dos cabelos afros dentro da cidade de Fortaleza, ela desdobra-se na construção de uma Plataforma Negra que discute e forja as mitologias e memórias do âmbito familiar como referencial micro-macro dos afro-indígenas da região do Ceará, numa Residência debatendo e criando sobre estes corpos escuros, numa produção cinematográfica-documental e no espaço de criação cênica.

LITERATURA
Publicou o livro-zine Pés Pretos Cantam Sonhos (2019) pela Editora Aua (DF), parceria realizada com o Coletivo AUÁ (DF) no qual tece poesia friccionando a encantaria espiritual dos mitos afro-indígenas, afro-brasileiros e africanos com a escrevivência. Um compilado de cinco contos fantásticos que interliga os ritos divinos ao saberes experimentados pelo corpo. OFICINAS Já em 2019 facilitou a oficina Memórias afro-indígenas: o corpo voltado para o chão, no qual, a narrativa construia-se em por três caminhos: as memórias (colheita do algodão), o corpo (ponto de força – umbigada) e o chão (o nasce dos filhos, o morrer da carne debaixo da capoeira). Ministrou a Oficina Máscara-ritual: um processo de criação poética em 2017 no centro cultural Galpão da Cena em Itapipoca/CE. Este baseava-se em três pilares: máscara, corpo e improviso sendo costurada pela relação ritualística de cada processo. As máscaras serão construídas a partir de uma narrativa afro-indígena que levarão a uma construção poética corporal por meio de jogos improvisacionais.

ARTES VISUAIS
Pela Convocatório de Arte e Cultura Digital organizada pela Vila das Artes o projeto PARA A TRRA VOLTA TODA CORPA EM MATÉRIA foi selecionado e executado durante os meses de setembro e novembro de 2020. No mesmo ano foi selecionado para a GRAVIDADE revista independente de Salvador (BA) com a obra MOVIMENTO DE CUIDADO. Participou do Salão dos Artistas Sem Casa, da Exposição TERRITÓRIO SOMOS NÓS (2019) com a instalação performática “Encantaria de Quintal” e o quadruplica fotográfica “Dança eu e quem mora em mim.” E na exposição NOMES com a obra “Memórias de Quintal”.

FILME
Atuou nos filmes: Bala Perdida (fic, 7”, cor, HD, 2017) dir. Ramó Cavalcante, Onde a noite não adormece (fic, ,cor, HD, 2018) dir. Rodrigo Ferreira e Paolla Martins, 2019; Vs. Ex. Srª Tristeza (fic, 16”, cor, HD, 2016) dir. Clébson Oscar e Wilken Misael. Graduando em Licenciatura em Teatro pelo Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia - IFCE. Esteve integrante do Coletivo Perâmbulos entre 2015 e 2017, no qual pesquisou palhaçaria, intervenção urbana, ritualidade e corpo performance, Grupo Teruá entre 2016 e 2017, em que desenvolveu pesquisa áreas de cultura popular, ator-brincante, ritualidade, palhaçaria dentro da periferia de Fortaleza, Pirambu, lugar onde se fomentava arte e cultura dentro da sede EITA - Espaço Interativo de Trabalhos Artísticos. Atualmente costura pesquisa junto ao Coletivo NEGRADA(2019) uma plataforma que investiga o corpo-território preto nas múltiplas linguagens artísticas. Retomando em suas (re)criações a memória do povo em deslocamento e diaspórico. Compõe o Grupo de Estudos de Africanidades Brasileiras, IFCE (2019) que interessa-se em discutir estética e epistemologia negra brasileira e diaspórica e faz parte do grupo de extensão Danças Africanas Ancestrais (2019 - 2020).

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