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MESTRA DONA DINHA

Raimunda Ana da Silva, conhecida como Dona Dinha, é uma artesã famosa em sua comunidade pela sua alegria e hospitalidade. A importância da manualidade está presente em seu trabalho, que ela começou a aprender aos 12 anos, observando sua irmã tecer em um tear artesanal.

Endereço: Vila Alta, MUSEU OFICINA CASA DA DONA DINHA, Rua São Francisco de Assis, Nova Olinda, undefined, CE, 63165-000

CEP: 63165-000

Logradouro: Vila Alta

Número: 09

Complemento: MUSEU OFICINA CASA DA DONA DINHA

Bairro: Rua São Francisco de Assis

Município: Nova Olinda

Estado: CE

Descrição

Raimunda Ana da Silva, mais conhecida como Dona Dinha, é uma artesã renomada na região. Nascida em dezembro de 1950 e criada no município caririense de Nova Olinda, Dinha começou a aprender a tecer aos 12 anos, observando sua irmã mais velha.

Em um lar onde a tecelagem se entrelaça com memórias e afeto, apenas as mulheres se dedicaram à arte, cada uma desempenhando um papel essencial na criação de peças únicas. Na aconchegante casa da Vila Alta, Dona Dinha tece mais do que redes; ela tece histórias e tradições que remontam à sua infância. Com a sabedoria acumulada ao longo dos anos, ela viu o mundo mudar, mas manteve a arte da tecelagem intacta. Antigamente, produzia até três redes por dia; hoje, dedica uma semana a cada uma, com cuidado e atenção. Suas redes são mais do que objetos úteis; são obras de arte que carregam a alma de Nova Olinda.

Em seu quarto, transformado em um acolhedor ateliê, Dinha exibe com orgulho suas obras, cada peça nomeada com carinho e cuidado. Para ela, que domina a arte da tecelagem com maestria, nenhum processo é complicado; o tempo desvendou todos os segredos e aperfeiçoou suas técnicas.

No quintal, repousam as partes do tear que tanto contribuíram para sua arte: liço, queixa, braço, orgo, pente, rasteira, cartel, canela e lançadeira. Com carinho, Dinha brinca, afirmando que as madeiras de ipê e peroba rosa que as compõem são mais antigas que suas próprias lembranças.

Dinha lamenta que as jovens estejam se distanciando do artesanato, mas, com a determinação típica de mulheres fortes, ela preserva a tradição da confecção de redes, um legado que corre em suas veias desde a infância. Ela anseia por transmitir seu conhecimento às próximas gerações, garantindo que a chama dessa arte ancestral jamais se apague. Dinha reconhece a importância da união entre as mulheres, que, juntas, conquistaram independência e força através do trabalho árduo.