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Mateus de Castro Ferreira

Mateus Tremembé, jovem indígena Tremembé da Barra do Mundaú, Itapipoca, Ceará. Artista, artesão, educador popular, pesquisador da cultura alimentar indígena, puxador de Torém Ritual Sagrado, agricultor e produtor cultural das Festa de Iemanjá e Festa do Murici e Batiputá do Povo Tremembé.
Sua ação cultural no território se funde nas origens ancestrais do povo Tremembé, através da transmissão de conhecimento da identidade e cultura indígena.
Desde da infância é brincante do Reisado tradicional Tremembé e puxador de Ritual Sagrado Torém, dançando, cantando, tocando tambor e vivenciando a cultura indígena.
Em 2009 com a criação da Festa do Murici e Batiputá passa a participar das colheitas, preparos e apresentações culturais festejando os frutos do território Tremembé e em 2015 tornou-se um dos produtores da Festa. É também um dos criadores e produtor da Festa de Iemanjá que acontece desde 2019.
Em 2016 se aprofundou na construção de artesanatos indígenas, grafismos e pinturas corporais, tornando-se educador popular difundindo o conhecimento na Escola Indígena Brolhos da Terra.
Em 2018 foi contemplado no edital Culturas Populares: Edição Selma do Coco do Governo Federal com a função de produtor e coordenador do projeto " Torém ritual sagrado do povo indígena Tremembé da Barra do Mundaú.
Agricultor e pesquisador da cultura alimentar Tremembé e firmou-se neste campo cultural em junho de 2019, por meio da participação no Laboratório de Criação em Cultura Alimentar e Gastronomia Social da Escola de Gastronomia Social Ivens Dias Branco tendo como tema de projeto “Batiputá: O óleo Sagrado que Alimenta e Cura - saberes e sabores do Povo Tremembé da Barra do Mundaú”.
Ainda no campo da Cultura Alimentar vem participando de eventos, formações e espaços de debate como: Encontro Nacional de Agroecologia em Minas Gerais – 2018; Intercâmbio com povos originários da América Latina no Choco Argentino - 2018; Vivência na Terra Indígena do povo Hunin-Kuin no município de Feijó no Acre – em 2020;
Também em 2020 foi contemplado pelo “Edital Cultura Dendicasa: Arte de Casa para o Mundo” da Secult/CE com o projeto “ A força da Encantaria: Grafismo Indígena do Povo Tremembé da Barra do Mundaú”.
É coordenador Cultural do Ponto de Cultura Recanto dos Encantados - Conselho Indígena Tremembé de Itapipoca -CITI, contemplado no ano de 2020 pela Secult/CE.
Atualmente é voluntário e coordenador técnico do Projeto Cultura de Alimentar a Aldeia, desenvolvendo ações de fortalecimento da produção de alimento e valorização da cultura alimentar.
Pesquisando os alimentos, os saberes e sabores ancestrais do Território Tremembé da Barra do Mundaú.

Email: mateustremembe10@gmail.com

Endereço: zona rural, s/n , Aldeia São José, 62520-000, itapipoca, CE

CEP: 62520-000

Logradouro: Zona Rural

Número: s/n

Complemento: Marinheiros

Bairro: Aldeia São José

Município: Itapipoca

Estado: CE

Descrição

Eu sou Mateus de Castro Ferreira, jovem indígena da etnia Tremembé, moro
na aldeia São José na Terra Indígena Tremembé da Barra do Mundaú,
Itapipoca, Ceará. Estudante de agronomia na Universidade da Integração
Internacional da Lusofonia Afro-Brasileira- UNILAB, agricultor, agente
ambiental indígena, pescador artesanal, jovem liderança, tocador de tambor e
puxador no Ritual Sagrado Torém.
Minha história com o alimento se funde nas origens ancestrais da minha
família, onde desde os primeiros sabores degustados na infância, quando meu
pai chegava com o peixe do alto mar e minha mãe com os cuidados das
plantações no ao redor de casa. Cresci num contexto em que é natural o
alimento ser protagonista da celebração, da fé e da cura. Minha avó Raimunda
tinha receitas indígenas para matar a fome desde a “tiquara de coco” ao “beiju
de massa”, e meu avô Léo, conhecedor do uso de plantas nativas na medicina
tradicional. Acredito que esses saberes são potencias da cultura alimentar
indígena, e que há possibilidades de aprofundar esses conhecimentos através
da troca de experiências e da valorização do fazer saber indígena.

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