marcar eventos listados
desmarcar eventos listados
tornar rascunho
publicar
{{::event.name}}
- {{::occ.space.name}} - {{::occ.rule.description}} ({{::occ.rule.price}})
Período de execução do projeto 13/09/2018
a 19/08/2019
.
Criação de plataforma multimídia com retratos e relatos de mães solo. A intenção é discutir a participação efetiva/afetiva do pai e da mãe na criação dos filhos. O proponente, Silas de Paula desenvolve a pesquisa em parceria com o Lia de Paula que é fotógrafa, profissional multimídia e mãe solo e é a principal executora do projeto. >
Site: http://www.liadepaula.com http://www.liadepaula.com
Descrição
O PROJETO::Proposta de plataforma multimídia com retratos, vídeos e textos abordando o tema da maternidade solo. Esse projeto foi contemplado no XI Edital de Incentivo artes 2016 – Fotografia da Secretária de Cultura do Governo do Estado.
Todo filho é filho da mãe?! Só da mãe?!
Por que muitas mulheres que se encontram em situações em que seus filhos não perderam o pai, mas que o pai preferiu se perder deles?
Tudo começou…
Há um pouco mais de 16 anos, estava grávida da minha filha. Tinha apenas vinte e dois anos, no começo da faculdade e morando com os meus pais. Foi um baque! De repente minha vida fez uma curva acentuada. Todos os sonhos mudaram... Tive um medo absurdo e hoje tomo coragem para dizer que senti vergonha (na época) de engravidar tão jovem. Fui levada a sentir vergonha.
Fui duramente recriminada não apenas pelo mundo, mas por mim mesma. Não era casada, era estudante, trabalhava, mas não tinha uma “profissão”, tinha piercing e tatuagem, “obviamente uma perdida”, “coitada tinha futuro”, “com tanta informação a pessoa vai e engravida” eu ouvia tanta coisa...
E os olhares... enfim, não foi fácil!
Era um domingo, e eu tinha que contar a novidade para o meu pai.
Já estava com uns 3 meses.
Depois de um almoço em família, meu pai já tinha tomado umas duas garrafas de vinho,
já estava alegrinho, tomei coragem, falei;
“pai, tenho uma coisa para te falar...”
ele respondeu;
“puta que pariu, tú tá gravida!!”,
só acenei com a cabeça concordando e comecei a chorar. Ele me abraçou e falou;
“minha filha, você sabe que todo filho, é filho da mãe!”
Riu! Perguntou se era sério... riu novamante...
e foi deitar como era de costume.
Depois de uns 13 anos, essa frase me voltou a memória, e ele tinha razão.
Todo filho é filho da mãe! Mas aí eu pergunto... Só tem mãe?!!
Por que o peso da responsabilidade é tão maior, quando não total, da mãe?
