Fortaleza vem olhando mais atentamente a literatura que produz, além dos saraus poéticos que perfumam a cidade cotidianamente, a constante presença de escritores, dos mais calejados pelo ofício da palavra, até os mais jovens, impulsionados pela potência do verbo, o fazer literário vem chegando devagar, ocupando sorrateiramente os espaços da cidade e, por mais que ela teime em ficar na superfície nós vamos lhe cozendo raízes e inventando as coisas no escuro.

Foi assim que veio nascendo a Fresta Literária, através da arte do encontro; na rua, nos botecos, praças, como mais um evento de resistência à mercantilização da vida e bênção à memória e a palavra, elementos, para nós fundamentais na composição do nosso imaginário de cidade; lugar de encontros, circulação de saberes e encantamento da vida; evento pautado pela literatura, sobretudo a produção literária contemporânea cearense, através de bate papos descontraídos sobre os temas mais (ir)relevantes, ocupando os bares com saberes e sabores, discutindo a palavra e a cidade, celebrando o encontro. >