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Teatro na Porta de Casa

O grupo Teatro na Porta de Casa, surgido em 2019, é um grupo de artistas negros atuante na cena da cidade de Fortaleza, com foco de atuação nas questões do ser negro, principalmente no contexto cearense e na autonomia do trabalho artístico feito por corpos pretos. Com pesquisa e produções em teatro, audiovisual, artes visuais e cultura negra.

Email: teatronaportadecasa@gmail.com

Telefone Público: (85) 99649-0743

Descrição

São com as leituras de Abdias do Nascimento e seu Teatro Experimental do Negro - TEN que, em 2017, planta-se a semente do grupo Teatro na Porta de Casa através do grupo de estudos NEGUS, dentro da Universidade Federal do Ceará. Firmando-se como grupo em 2019, é composto somente por artístas negros de diversas linguagens, com uma pesquisa e prática que buscam o resgate das referências artísticas negras na história.

Em nosso percurso vamos desenvolvendo trabalhos artísticos que trazem o negro e suas questões ao centro da cena. Assim, de 2017 a 2020, através dos estudos dos que vieram antes no fazer artístico, a história negra do teatro, começamos a montar e apresentar esquetes que traziam as nossas questões à cena. Em 2018, montamos “Feijão e Sal” a partir dos textos de Carolina Maria de Jesus, “Esperando Zumbi” e “Bença, vó”, todas esquetes que falam sobre questões do ser negro.

Também em 2018, na Escola de Mamulengos do Grupo Formosura de Teatro, os artistas Lucas Limeira e Ana Karoline de Oliveira montam o espetáculo de bonecos “Ben” que traz à cena a história de Benjamim de Oliveira, primeiro palhaço negro brasileiro. Daí surge o nome “Teatro na Porta de Casa”, a partir de uma das reflexões de Benjamim de Oliveira sobre a democratização do acesso à arte.

A partir de 2019 nos entendemos enquanto grupo e temos um ano intenso de criação que resultou na Mostra Cenas de Teatro Negro, apresentada no Teatro Universitário Carlos Magno. Com as cenas “Só Mais um Silva”, “Zuelo”, “Escrevivência” e “Quariterê 3019: guia sônico para a noite em que a lua transbordou” demos um grito de saudação à nossa afro ancestralidade.

Em 2020, iniciamos um processo de profissionalização e difusão do grupo. Começamos a experimentar novas linguagem e a partir disso surge os trabalho “OVNI: Objetos Voadores Negro Ignorados ou Naves para a Elaboração de um Futuro Negro”, contemplado no 71º Salão de Abril e que trabalha elementos de artes visuais, colagem digital e arte urbana, o projeto trabalhou com as comunidades do Pio XII e Paupina. Também montamos a video-performance “Omolu nos dê licença”, aprovada no Festival Cultura DendiCasa e fizemos a 2ª Edição da Mostra Cenas de Teatro Negro de forma virtual, com os trabalhos “Rua G, 3679” e “O Batizado”, ambos baseados nos textos do escritor, poeta e dramaturgo negro Cuti.

Em 2021, realizamos mais uma Edição do “OVNI”, aprovado pelo Edital Cultura e Cidadania da Lei Aldir Blanc pela Secult/CE, dessa vez contemplando o bairro Planalto Pici. Realizamos o curta- metragem“Bença, Vó”, contemplado no Inciso III da Lei Aldir Blanc pela Secultfor, a partir da dramaturgia de Conceição Soares, contando uma história de força e beleza das mulheres negras de sua família. O curta foi exibido e discutido com alunas das escolas públicas da cidade de Pacoti - CE. Além disso, estreamos o espetáculo “Recortes” a partir de um processo de estudo e desenvolvimento de 3 cenas curtas do acervo do grupo.

Dentre os projetos fixos do grupo, destacamos a Revista Ngunzo, revista virtual na plataforma medium onde compartilhamos textos sobre nossos estudos e nosso fazer artístico e político; e o Projeto Kutanga, contações de histórias em formato audiovisual a partir dos itans dos orixás com o intuito de difundir a história, cultura e espiritualidade africana, grandes contribuintes para a construção da arte e cultura do nosso país.

O grupo Teatro na Porta de Casa busca se firmar cada vez mais no cenário cultural buscando diálogo com a cena artística negra local e nacional e fazedores e brincantes de culturas negras, como coco de roda, maracatu cearense e capoeira. Além disso tem uma forte relação com a espiritualidade africana, sendo uma das bases do fazer artístico e político do grupo. Atualmente estamos em processo de montagem de dois trabalhos.

ESQUETES / CENAS CURTAS:
- Feijão e Sal (2018)
- Bença, Vó (2018)
- Esperando Zumbi (2018)
- Só Mais um Silva (2019)
- Quariterê 3019: guia sônico para a noite em que a lua transbordou (2019)
- Zwela (2019)
- Escrevivência (2019)

ESPETÁCULOS
- Ben (2018)
- Recortes (2021)

CURTAS / VÍDEO-PERFORMANCES / OUTRAS PLATAFORMAS
- Rua G, 3679 (2020)
- O Batizado (2020)
- Omolu, nos dê licença (2020)
- Bença, Vó (2021)

Vídeos